A morte a caminho, no cano de uma espingarda, e a objectiva sempre pronta e corajosa a captar o momento proibido.
Há um fotógrafo imóvel e um militar que avança.
A testemunha, já vítima, e o assassino.
Um encontro mais que provável.
O avanço das tropas, vai-se fazendo sem o troar dos saltos que não existem.
Os calcanhares não se ouvem.
O algoz vem ao de leve, de chinelos, num preparo indigno para uma farda que devia vestir a ordem e a lei. O aprumo.
Há um fotógrafo imóvel e um militar que avança.
A testemunha, já vítima, e o assassino.
Um encontro mais que provável.
O avanço das tropas, vai-se fazendo sem o troar dos saltos que não existem.
Os calcanhares não se ouvem.
O algoz vem ao de leve, de chinelos, num preparo indigno para uma farda que devia vestir a ordem e a lei. O aprumo.
É afinal um assassino cruel que não conhece as palavras liberdade... imprensa... direitos...
piedade.
É um militar inculto e cobarde.
É birmanês como alguns dos mortos desmentidos.
É afinal cada um de nós, num momento de bestialidade suprema que não vê razões para além das emoções.
Não há uma ordem ou uma obrigação para o tiro gratuito e impiedoso que se vê na TV.
É um militar inculto e cobarde.
É birmanês como alguns dos mortos desmentidos.
É afinal cada um de nós, num momento de bestialidade suprema que não vê razões para além das emoções.
Não há uma ordem ou uma obrigação para o tiro gratuito e impiedoso que se vê na TV.
Há uma sobra que o marca para a morte.
Um agente secreto que se revela o tempo suficiente para apontar o alvo.
Desaparece na sombra, transformado em fantasma conveniente.
Resta o som do disparo e a queda violenta de um corpo condenado.
A morte a rondar com um cheiro intenso o japonês mais tarde identificado pelas notícias.
Já deu na televisão e na net.
Há um assassínio que se quer anónimo que sobe ao palco das notícias pela mão de uma câmara oculta.
Há mãos secretas que desafiam o medo por uma imagem.
Um testemunho valioso.
Há um japonês no chão.
A morte a rondá-lo, anunciada por um disparo múltiplo à queima-roupa.
Gratuito e cruel.
De raiva e terror.
O medo também mata.
A nossa razão e a alma dos outros.
É o medo do soldado que dispara sobre o fotógrafo.
A vitória do receio sobre a coragem.
Uma vez mais.
O japonês no chão, a morte à espreita e as mãos em desespero à procura da máquina que dispara sem matar.
Dispara testemunhos e flashes que iluminam a verdade impossível de esconder.
A Birmânia militar mata monges e fotógrafos, mas não mata a verdade.
A dita, dura.
Até quando aguenta a nossa passividade conivente?
Resta o som do disparo e a queda violenta de um corpo condenado.
A morte a rondar com um cheiro intenso o japonês mais tarde identificado pelas notícias.
Já deu na televisão e na net.
Há um assassínio que se quer anónimo que sobe ao palco das notícias pela mão de uma câmara oculta.
Há mãos secretas que desafiam o medo por uma imagem.
Um testemunho valioso.
Há um japonês no chão.
A morte a rondá-lo, anunciada por um disparo múltiplo à queima-roupa.
Gratuito e cruel.
De raiva e terror.
O medo também mata.
A nossa razão e a alma dos outros.
É o medo do soldado que dispara sobre o fotógrafo.
A vitória do receio sobre a coragem.
Uma vez mais.
O japonês no chão, a morte à espreita e as mãos em desespero à procura da máquina que dispara sem matar.
Dispara testemunhos e flashes que iluminam a verdade impossível de esconder.
A Birmânia militar mata monges e fotógrafos, mas não mata a verdade.
A dita, dura.
Até quando aguenta a nossa passividade conivente?
Sem comentários:
Enviar um comentário