08 julho, 2008

JORNALISMO E JORNALISTAS


Uma boa parte do jornalismo que se faz em Portugal é preguiçoso, sentado, um jornalismo confortável, pouco ético e pouco rigoroso, muito acanhado na busca da verdade dos factos. É um jornalismo que se baseia na espuma dos factos, pouco profundo, mal pensado e menos criativo.
Nas revistas cor-de-rosa os protagonistas são, na maior parte, criados de forma artificial. Os factos são criados por patrocinadores com recurso a aves peneirentas que fazem do alpinismo social o desporto favorito, sem uma obra criada, um mérito que se veja, sem que seja criada uma ponta de riqueza que se veja. Não há produção. Claro que também lá estão os que têm mérito, mas andam nas franjas.
No restante jornalismo generalistas há títulos espectaculares a mais e factos pouco fundamentados a menos. Tenta-se chamar a atenção com o que escandaliza em prejuízo do que informa, e que ajuda a formar. Os erros passam incólumes a qualquer correcção, o esforço nem existe porque estamos no tempo do jornalismo impune.
Já são tão poucos os verdadeiros jornalistas, à antiga. Que pena!

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